O território da Freguesia da Batalha ocupa uma área de 2.854 ha, distribuída pelos seguintes lugares: Alcanadas, Arneiro, Batalha, Brancas, Calvaria de Baixo, Casais dos Ledos, Casal das Carvalhas, Casal da Amieira, Casal do Alho, Casal do Quinta, Casal do Azemel, Casal do Marra, Casal do Rei, Casal Relvas, Casal Franco, Casal Novo, Casal Santa Joana, Cela, Corga, Forneiros, Golfeiros, Jardoeira, Quinta do Sobrado, Palmeiros, Pinheiros, Quinta do Pinheiro, Faniqueira/Santo Antão e Rebolaria. Situada na encruzilhada das cidades históricas e dos santuários marianos da Estremadura, a Batalha está localizada a 11 kms de Leiria, 7 kms de Porto de Mós, 17 kms de Fátima, 20 kms de Alcobaça e 28 kms da Nazaré.
Apesar de existirem em toda a região inúmeros vestígios que aludem para uma ocupação humana desde os tempos pré-históricos, passando pelo período romano e, sucessivamente, ao longo da História (julga-se que a povoação romana de Collipo, primitivamente do povo Túrdulo, se implantou em São Sebastião do Freixo), a Vila da Batalha deve a sua origem à construção do Mosteiro de Santa Maria da Vitória. De facto, a Batalha nasce com a Dinastia de Avis e com a consolidação da Independência, em 1385.
A figura administrativa das freguesias só se vai desenhando e definindo ao longo da segunda metade do Século XIX, com o Liberalismo, pelo que em 14 de Setembro de 1512, quando o Prior-Mor de Santa Cruz de Coimbra, D. Pedro Vaz Gavião, cria a Freguesia da Batalha, trata-se evidentemente da paróquia que, contudo, delimita e é a primeira forma de futura freguesia civil.
Exaltação da Santa Cruz, que se festeja exatamente a 14 de Setembro, é o orago da nova freguesia.
No âmbito histórico-cultural, importa referir o nome de muitas figuras de relevo que nasceram ou viveram na freguesia. Destas, contam-se:
– Mestre quinhentista Marco Pires, natural das Brancas (A-das-Brancas), que foi diretor das obras em Santa Cruz de Coimbra;
– Padre Mestre António dos Santos Rhino, natural da Rebolaria (1779-1849). Poeta e último mestre latinista da Batalha;
– Joaquim Mouzinho de Albuquerque, nascido em 12 de Novembro de 1855, na Quinta da Várzea. Patrono da Arma de Cavalaria, foi um dos mais ilustres militares portugueses;
– Luís da Silva Mouzinho de Albuquerque, avô paterno de Joaquim Mouzinho de Albuquerque. Em 1837, adquiriu aquela antiga quinta dos Dominicanos e foi notabilíssimo restaurador do Mosteiro de 1840 a 1843.